Custo de capital próprio para as empresas do setor elétrico: o CAPM ainda é o melhor modelo a ser utilizado?

Conteúdo do artigo principal

Paulo Glício da Rocha
Francisco de Sousa Ramos

Resumo

Este artigo apresenta uma breve discussão sobre a metodologia empregada pela agência reguladora na definição do custo do capital para os investimentos aplicados no setor elétrico. A remuneração tem como premissa básica uma componente taxa livre de risco e outra que considera o prêmio pelo risco. A metodologia Capital Asset Price Model – CAPM é bastante empregada nas análises de revisões tarifárias, impactando a remuneração dos investimentos e a consequente receita homologada anual das empresas. Uma das questões para a definição da taxa de remuneração está na base temporal utilizada em um dos parâmetros do modelo, o fator multiplicador do prêmio de risco de mercado, β, que é calculado com base nas variações históricas dos preços dos ativos. São utilizados dados de empresas no Índice de Energia Elétrica – IEE da Bolsa de Valores. Os resultados para o β não demonstraram variação significativa quando se altera a base temporal, assim como, também, não tiveram impacto em decorrência da pandemia do COVID. Quanto a comparação dos valores utilizados pela agência reguladora, nota-se que há uma divergência, que merece avaliação, considerando as premissas das empresas utilizadas neste artigo e às utilizadas pela Agência.

Detalhes do Artigo

Seção
Artigos