Análise do fator de energia primária, emissão e intensidade do uso do solo na geração de energia elétrica com hidrogênio em países Sul-Americanos

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Fabiana de Marqui Mantovan
Paulo Smith Schneider
Jordão Gheller Junior
Carmem Rosane Isse Gomes
Leandro Machado de Carvalho

Resumo

O Hidrogênio (H2) se destaca como uma alternativa para armazenar eletricidade excedente em uma cadeia associada com produção de H2 em eletrolizadores, seu armazenamento e posterior reconversão em eletricidade em células a combustível. O presente trabalho avalia a viabilidade do emprego desta cadeia na geração elétrica no Brasil, Argentina, Chile e Paraguai, avaliada pelas métricas de fator de energia primária (FEP), fator de emissão da matriz elétrica (FEME) e intensidade do uso da terra (I). Paraguai e Brasil apresentam os menores FEPs para a cadeia do H2 devido à predominância da hidroeletricidade (4,5 ± 1,0 MWhp/MWhe e 5,6 ± 1,1 MWhp/MWhe, respectivamente), seguido pela Argentina (6,6 ± 0,7 MWhp/MWhe), com significativa geração baseada em gás natural, e o Chile, com o indicador mais elevado (7,6 ± 0,9 MWhp/MWhe), em função da baixa eficiência de conversão da energia solar. O desempenho da cadeia depende mais da eficiência de conversão dos sistemas do que da natureza renovável ou fóssil das fontes. Os menores valores de FEME são registrados no Brasil (84,0 ± 12,0 kg CO2-eq/MWh) e no Paraguai (21,1 ± 16,9 kg CO2-eq/MWh), mas eles são penalizados pelo maior uso de terra (191,0 ± 64,1 m2/MWh e 201,8 ± 99,5 m2/MWh, respectivamente), em contraste com o Chile (111,9 ± 28,3 m²/MWh) e a Argentina (78,4 ± 22,3 m²/MWh). O Brasil e o Paraguai podem se beneficiar do uso do H₂ devido à maior eficiência e mais baixa emissão de sua geração elétrica, tornando-o uma de suas estratégias para alcançar a transição energética.

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