A inserção do Brasil na Nova Ordem Internacional: uma nova ordem energética mundial?

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Gionani Vitória Machado
Roberto Schaeffer

Resumo

Este trabalho examina, para o período 1971­1990, o uso de energia na economia brasileira à luz de modificações recentes na economia mundial e na Ordem Internacional. Para isso, são feitas comparações entre as intensidades energéticas de alguns países e o Brasil, ressaltando­se, no entanto, que para economias como um todo esses indicadores não detêm a capacidade de caracterizar, de maneira inequívoca, a eficiência no uso de energia por parte dos países. Assim, optou­se por focalizar, especificamente, os padrões de uso de energia pela Indústria de Transformação brasileira lançando­se mão, para isso, do método de decomposição do Divisia Index. Conclui­se que grande parte da intensificação energética desse Ramo da Indústria pode ser atribuível a mudanças na estrutura dessa, que ao longo das duas últimas décadas vêm acentuando sua concentração naquelas atividades mais energo­intensivas. Tal tendência parece deixar bem claro que, se políticas industriais e energéticas deliberadas não forem feitas em contrário, a perpetuação da atual inserção da economia brasileira na Nova Ordem Mundial só virá por agravar o quadro de desenvolvimento econômico do país.

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