A inserção do Brasil na Nova Ordem Internacional: uma nova ordem energética mundial?
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Resumo
Este trabalho examina, para o período 19711990, o uso de energia na economia brasileira à luz de modificações recentes na economia mundial e na Ordem Internacional. Para isso, são feitas comparações entre as intensidades energéticas de alguns países e o Brasil, ressaltandose, no entanto, que para economias como um todo esses indicadores não detêm a capacidade de caracterizar, de maneira inequívoca, a eficiência no uso de energia por parte dos países. Assim, optouse por focalizar, especificamente, os padrões de uso de energia pela Indústria de Transformação brasileira lançandose mão, para isso, do método de decomposição do Divisia Index. Concluise que grande parte da intensificação energética desse Ramo da Indústria pode ser atribuível a mudanças na estrutura dessa, que ao longo das duas últimas décadas vêm acentuando sua concentração naquelas atividades mais energointensivas. Tal tendência parece deixar bem claro que, se políticas industriais e energéticas deliberadas não forem feitas em contrário, a perpetuação da atual inserção da economia brasileira na Nova Ordem Mundial só virá por agravar o quadro de desenvolvimento econômico do país.