Rotas para potenciais ganhos na eficiência energética e na gestão hídrica e na busca de reduções na intensidade de emissões da indústria brasileira de celulose e papel

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Mauro Donizetti Berni
Flávio Roberto Mathias
Sergio Bajay

Resumo

Neste trabalho foram analisados dados recentes de consumo específico de energia e de água, e de intensidade de emissões na produção de celulose de mercado e de papel, em fábricas de celulose, fábricas de papel e em plantas integradas. Utilizando tais dados, junto com estatísticas de desempenho das melhores tecnologias e práticas disponíveis no mercado, são estimados potenciais técnicos de melhorias nas plantas brasileiras em relação a estes três indicadores. Medidas que podem concretizar esses potenciais são mencionados no trabalho, com destaque para as que proporcionam ganhos em mais de um desses indicadores. Novos programas governamentais que podem aumentar os ganhos nesses três tipos de indicadores também são propostos aqui.

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Artigos
Biografia do Autor

Flávio Roberto Mathias, NIPE-UNICAMP

Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1987. Mestre em 2014 e Doutor em 2019 em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Desenvolve pesquisas, consultoria e avaliação de desempenho do setor industrial brasileiro com ênfase nos segmentos energo-intensivos (Petroquímica, Siderurgia, Papel & Celulose e Cimento) no que se refere a diagnósticos energéticos, gestão da energia e eficiência energética, com o objetivo de otimizar o uso final das fontes de energia e água, minimizar as emissões de gases de efeito estufa, bem como identificar alternativas para o aproveitamento energético dos resíduos descartados por esses segmentos industriais. Possui especialização em Administração (Gestão Empresarial) pela Universidade de São Paulo (USP) em 1999, Engenharia da Qualidade pelo Departamento de Engenharia Mecânica da UFPE em 1996, e Engenharia de Manutenção Mecânica - CEMANT (convênio PETROBRÁS / PETROQUISA) pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1988. Outros cursos profissionalizantes: Curso de Mecânica pela Escola Técnica Federal de Pernambuco (ETFPE) em 1983 e Material Bélico pelo Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR / Recife) do Exército Brasileiro (EB) em 1981. Possui experiência profissional de 35 anos, desenvolve atividades das áreas de Engenharia de Energia, Engenharia de Inspeção de Equipamentos, Engenharia de Manutenção e Confiabilidade, e Planejamento de Manutenção em indústrias petroquímicas, químicas, fertilizantes e borracha. Atuou como engenheiro nas empresas BRASKEM, ABB / CEMAN, COPERBO (atual LANXESS) e ALCOOQUÍMICA (CAN).

Sergio Bajay, NIPE-UNICAMP

Engenheiro mecânico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 1973. Mestre em engenharia mecânica (modalidade ?térmica e fluídos?) pela Unicamp em 1976. PhD em engenharia pela University of Newcastle upon Tyne, Inglaterra, em 1981. Professor do curso de engenharia mecânica da Unicamp de 1974 a 2009. Fundador (1987) e professor do curso de pós-graduação em planejamento de sistemas energéticos da Unicamp. Criador (1993) e pesquisador sênior do NIPE ? Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Energéticas da Unicamp. Diretor do Departamento Nacional de Políticas Energéticas do Ministério de Minas e Energia durante o período 2001 ? 2002. Pesquisador e consultor nas áreas de formulação de políticas energéticas, planejamento energético e regulação de mercados de energia, junto a órgãos governamentais e empresas, estatais e privadas, desde 1982. Membro do Conselho Consultivo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), uma empresa estatal que realiza estudos de planejamento energético para o Ministério de Minas e Energia, de 2008 a 2010. Membro do Conselho Estadual de Política Energética, do governo do Estado de São Paulo, de março de 2011 dezembro de 2018. Membro do Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética ? CGIEE, como representante de universidade brasileira, especialista em matéria de energia, de novembro de 2013 a novembro de 2018. Presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético de maio de 1991 a abril de 1995 e de agosto de 2012 a agosto de 2014.