PROPOSTA DE UMA METODOLOGIA DE PRECIFICAÇÃO DA CANA LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A CONTRIBUIÇÃO DO BAGAÇO E DA PALHA NA PRODUÇÃO DE ELETRICIDADE E DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO
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Resumo
A cogeração nas usinas de cana-de-açúcar supre a necessidade de energia para o processo de produção de etanol e açúcar. Com um investimento incremental, é possível, além de atender à demanda interna de energia, produzir excedente elétrico para fornecer à rede de transmissão e distribuição instalada. No futuro, outra aplicação para a fibra será na produção de Etanol de Segunda Geração (Etanol 2G). Embora ambas as atividades agreguem valor no processo e contribuam para a sustentabilidade da usina, a metodologia de precificação da cana-de-açúcar, determinada pelo CONSECANA-SP, leva em consideração apenas os teores de açúcares, não considerando a contribuição dos produtos do bagaço na indústria sucroenergética. Diante desse cenário, o objetivo deste trabalho foi propor uma metodologia que leve em consideração a contribuição da fibra (bagaço e palha) sem, contudo, alterar o que já vem sendo praticado quanto à fração de açúcares. Baseado na metodologia do CONSECANA-SP, a proposta indica um valor incremental (Preço CanaBTR) ao preço já pago pela cana ao produtor, correspondente ao faturamento adicional proveniente da atividade da cogeração e/ou produção de Etanol 2G.