Briquetes: alternativa energética e ecológica no combate ao apagão da caatinga
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Resumo
A população e os setores econômicos e energéticos das Unidades da Federação incluídos no Semiárido nordestino ainda dependem de forma significativa, em pleno século 21, dos recursos florestais extraídos do Bioma da Caatinga para o seu desenvolvimento. O Relatório Técnico do Ministério do Meio Ambiente (2011) denuncia que, metade da cobertura vegetal do Bioma da Caatinga está devastada e esta destruição deve-se, principalmente, a produção de lenha e carvão vegetal para abastecer siderúrgicas de Minas Gerais e Espírito Santo, indústrias de gesso e cerâmica do semiárido e o crescente uso nos engenhos de rapadura, fábricas de doces, fogões domésticos, etc. O Relatório ressalta ainda que, durante o período de 2002 a 2008 foram devastados 16.576 km² da Caatinga. Pernambuco ocupa o 4º lugar no Nordeste e o Município de Serra Talhada apresenta um dos maiores índices de desflorestamento, ou seja, 4,1% da área de 122 km² do Bioma. Os indicativos revelam uma perda de 45,39% da vegetação natural da Caatinga durante o período da pesquisa. Neste contexto, ganha destaque os briquetes por representarem uma opção no uso de resíduos vegetais - bagaço de cana-de-açúcar, fibra de coco, pó de serra, etc. como fonte energética.