Análise da Aplicação da Etiquetagem de Eficiência Energética de Edificações em Empreendimentos Hoteleiros
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Resumo
A maioria das edificações brasileiras possui baixo desempenho energético, pois elas sempre receberam pouca (ou nenhuma) atenção quanto à eficiência energética. O intenso uso da energia elétrica com sistemas de climatização e iluminação para atendimento das condições de conforto dos ocupantes é um dos principais aspectos observados. Em 2009, perspectivas de mudanças nesse cenário surgiram por iniciativa do Governo Federal, que instituiu a regulamentação necessária para a etiquetagem de eficiência energética de edificações, ampliando o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), que até então abrangia somente máquinas e equipamentos. O objetivo deste artigo é analisar a aplicação da nova regulamentação de eficiência energética de edificações no segmento hoteleiro, no qual predominam as empresas de pequeno porte, buscando destacar as barreiras e as oportunidades que giram em torno da possibilidade de etiquetagem. Os hotéis têm sido alvo de grandes investimentos por serem os pilares da preparação do Brasil para receber os turistas durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Considerando a necessidade de desenvolvimento de metodologias específicas para os meios de hospedagem, atrelada à escassez de informações sobre o uso da energia em pequenas empresas, este artigo faz parte de uma série de pesquisas promovidas no âmbito do Convênio Sebrae/RJ – Procel. Como resultado, tem-se uma análise global da aplicação da etiquetagem do nível de eficiência energética em edificações hoteleiras, organizada em torno de duas perspectivas: do ambiente externo (oportunidades e ameaças) e do ambiente interno (forças e fraquezas).