Bioeletricidade: a energia que vem da nossa terra

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Arnaldo Jardim

Resumo

A excessiva demora para o início das obras das novas hidrelétricas, a oferta apertada de gás natural, os incentivos insuficientes para fomentar fontes alternativas de energia e o conseqüente encarecimento do insumo energia para o setor produtivo nacional, demonstram a fragilidade da nossa infraestrutura energética e colocam em xeque este insumo do crescimento econômico. Esta reflexão serve para ilustrar a necessidade imediata de um planejamento energético para o Brasil, marcada pela diversificação da matriz, tendo como premissa manter sua característica histórica: o uso de fontes de energia renováveis e ecologicamente corretas. Neste contexto, a bioeletricidade, especialmente a originária da cana-de-açúcar, surge como uma fonte energética importante para mitigar os riscos de futuros racionamentos no País. O governo criou um novo modelo para o setor, tem se esforçado para tirar do papel projetos grandiosos como as usinas do Rio Madeira, mas o fato é que, nos últimos quatro anos, praticamente não houve investimento relevante para ampliação da oferta de energia. A Vale do Rio Doce, por exemplo, acaba de anunciar que vai instalar uma fábrica para produção de alumínio na Colômbia, onde construirá uma usina hidroelétrica e vai transformar lá a aluminia extraída de suas minas no Pará.

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