Ponderação analítica para da integração energética na América do Sul

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Miguel Edgar Morales Udaeta
Geraldo Francisco Burani
Murilo Tadeu Weneck Fagá
Cidar Ramón Rocha Oliva

Resumo

Neste artigo, pretende­se mostrar um panorama atual da integração energética, formular a disposição dos atores e analisar as bases para fortalecimento das relações transfronteiriças de energia. Para isto parte­se da percepção de que a situação atual em que se manifesta a Indústria Energética de alguns países na América do Sul mostra o escopo e o papel da integração energética. No comércio energético transfronteiriço, é a Argentina quem mais infraestrutura criou para negociar fluxos de “elétrons e moléculas” aos países vizinhos. Observa­se que se bem a integração possibilita o acesso às vantagens das economias de escala e a compartilhar reservas, não está muito claro o negócio em si referido a questões jurídicas, de regulação e de contrato no longo prazo, que é quando aparecem as barreiras de soberania e prioridades internas, como provam recentemente os casos da Argentina (escassez de gás natural) e Bolívia (abundância de gás natural). Como resultado, no caso do gás natural, tem­se que a integração real na região passa pela inclusão dos atores de mercado e deve contemplar a Bolívia pelas suas reservas de gás natural e sua posição geográfica; ao Chile, que tem mínimas reservas energéticas, e ao Brasil, que apesar de possuir reservas tem grandes necessidades de energia e mais a longo prazo Venezuela deverá ser quem garanta a integração física. Nesse sentido, conclui­se que interconexões (no escopo da integração energética) significam infra­estrutura de grande alcance com metas binacionais e multinacionais, com todos os atores sempre contemplados nos negócios, e os próprios países como garantia final e como um meio para se ter acesso a um serviço mais eficiente em qualidade e segurança em termos de abastecimento energético. Então, deve­se definir o papel, a organização e o funcionamento do mercado energético integrado.

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