Uma análise do potencial do PROINFA para gerar emissões certificadas de redução de CO2 sob dois diferentes cenários

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Osvaldo Soliano Pereira
Tereza Mousinho Reis
Rafael Araújo

Resumo

O artigo analisa os resultados da aplicação de uma metodologia, consolidada pelo UNFCCC * , para o cálculo das reduções das emissões dos gases de efeito estufa – GEEs, decorrentes das atividades dos empreendimentos de energia renovável conectada a rede sob dois diferentes cenários. Num primeiro cenário estima­se, com base na aplicação direta dessa metodologia, a quantidade dessas reduções em decorrência das atividades do Programa de Incentivos às Fontes Renováveis de Energia ­ PROINFA, nos próximos dez anos, período considerado para a obtenção dos créditos de reduções certificadas. No segundo, adota­se como tendência das emissões futuras – margem construída – os resultados do Leilão da Energia Nova, realizado em dezembro de 2005, que representou uma ruptura no perfil de emissões da matriz elétrica nacional. Duas conclusões óbvias parecem saltar desta análise preliminar: primeiro, a metodologia consolidada, ao olhar mais retrospectivamente para a matriz elétrica, tende a ser conservadora e, consequentemente, reduzir o potencial de redução de emissões de um Programa como o PROINFA e, segundo, como nossa matriz elétrica remará contra a maré global de redução das emissões de gases de efeito estufa, levando­se em conta os resultados apenas do último leilão e a postergação da 2ª fase de implementação do PROINFA.

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